Estou e férias, um pouco perdida, e cada dia que acordo não sei qual vai ser. Há uma semana atrás, por exemplo, sai de casa com uma mochila nas costas. Ia pegar o ônibus das 8:30 pra Ubatuba, e vim parar em Cabo Frio, na casa da minha tia que não visitava há um ano e meio.
Minha finalidade aqui nesse blog, por enquanto, é conseguir publicar ao final das minhas férias que fiquei satizfeita com tudo que passarei neste período.
Entediada. Sim, é assim que me sinto quando posso surfar e não tem onda. Há três dias estou dentro de casa vendo com um olho a tarde passar pela janela, e com o outro, os padrinhos mágicos. Deixando a preguiça me corroer.
Era agora ou nunca! Depois do almoço, com o sol no topo, peguei minha canga de zebrinha e fui procurar uma linha reta que não desse para eu me perder. Queria a companhia de um cão, mas nenhum me adotou ao longo da minha peregrinação.
Fui até Arraial, pela beira mar, caminhando. Foi o suficiente para a bateria do meu ipod, que estava cheia, morrer no meio do caminho e interromper a nostalgia de algumas músicas. Chegar lá me custaria um banho de mar cheio daquelas algas selvagens marrons que de tão finas enroscam no seu cabelo e não saem nunca mais, além de ficar fedendo a maresia braba.
Por fim, o regresso se deu com o sol querendo se pôr e eu apertando os olinhos numa tentativa tola de enchergar as formas poligonais dos flocos de luz que costumam aparecer em algumas fotografias.
Eu, um tanto quanto tostada.